segunda-feira, 24 de junho de 2013

9º Capítulo

Lisboa, 1988 (24 anos antes)

Hunter Parrish6

- Pára de ser estúpido. – Eu grito-lhe

- O que é que eu fiz?

- Tu estás a correr.

- E então?

- Tu sabes que eu sou incrivelmente lenta.

Com isto ele só pára olha para mim e ri-se, ele aproxima-se de mim beija-me a ponta do nariz e diz.

- Desculpa, babe. Mas tu sabes que eu tenho jogo amanhã, tenho mesmo de correr um bocado. Cinco minutos no máximo.

- Okay. Eu espero no café. Despacha-te.

- Claro. Tens aulas às duas, certo?

- Yeah. E ainda temos de almoçar.

- E eu ainda tenho de tomar um duche antes, se tu quiseres podes te juntar a mim?

- Vou pensar nisso. – Ele volta a deixar um beijo muito suave nos meus lábios, e vai-se embora correndo.

clip_image002Eu vou para o café, sento-me na esplanada, na mesa mais longe, para que ninguém se lembre de me perguntar se quero algo, estou sem dinheiro outra vez, a minha mãe voltou a perder o emprego. Decido abrir a mala e tirar de lá os livros de matemática, preciso de mesmo de estudar, não estou para fazer o 9º ano pela terceira vez. O melhor é pedir ao Jon que me explique, ele passou o ano e está no curso de Ciências e Tecnologias e com notas de 18 a 19 à maior parte das disciplinas, ele deve saber, parece que o nosso duche vai ter de esperar.

Só a olhar para os números e letras fico cada vez mais confusa, eu até tento resolver alguns exercícios mas fico na mesma, e sem dar por isso passaram mais 5 minutos, e alguém me está a tapar os olhos e a beijar o topo da minha cabeça.

- Estás a perceber algo do que estás a ler? – Ele diz aparecendo à minha frente e escostando-se à mesa.

- Claro que não. Por isso nada de duches juntos, perciso que me expliques isto antes. E não dês nas vistas, eu não estou a consumir nada, por isso não é suposto eu estar aqui.

- Okay. Então vamos só embora. – Ele diz pegando na mala dele, pondo a ao ombro, enquanto eu arrumo as minhas coisas. E ele mete o braço dele à volta dos meus ombros. Eu afasto-me.

- Não me toques, estás todo suado. E eu não ‘tou para ir a casa trocar de roupa.

- Okay. Posso pelo menos pegar-te na mão. – E eu estendo a minha mão a ele.

- A onde é que vamos comer? Eu não tenho dinheiro nenhum.

- Não sei. Eu também não tenho nada. Vamos ter de improvisar.

- Deixam-me entrar no lar, certo?

- Yeah.

Nós continuamos a andar, em pleno silêncio, as nossas mãos enterlaçadas, os nossos dedos brincando uns com os outros. Até chegarmos à porta do lar onde ele vive, ele larga a minha mão e entramos.

- Boa tarde. – Nós dizemos a Clara (a diretora do lar), ela responda com um sorriso. – Eu vou só tomar banho, e a Jessica vai só esperar no meu quarto, nós depois vamos comer a outro lado.

- Okay. Comportem-se. – Clara diz, e eu só me consigo lembrar da vez que ela nos apanhou aos beijos no quarto dele, as nossas camisolas já estavam no chão.

Nós subimos as escadas, a esta hora a maior parte das pessoas não estam cá, só as crianças com menos de 5 anos. Entramos no quarto dele, que ele divide com mais três rapazes, eu sento-me na cama dele com as pernas à chinês (por sorte a cama dele é no beliche de baixo).

- Eu vou tomar banho. Eu volto num estantinho. Começa a fazer alguns exercicios e vê se consegues perceber alguma coisa.

Ele sai do quarto levando uma toalha, e eu deito-me na cama, abrindo o livro e o caderno à minha frente, tento fazer alguns exercicios mas passado um bocado já estou a fazer bonecos nas margens dos cadernos.

- Então conseguiste algo? – Eu só olho para cima, e vejo a olhar para mim apenas com uma toalha à volta da cintura.

- Sexy. E não, preciso mesmo da tua ajuda.

- Okay. Deixa-me só vestir-me. – Ele larga a roalha, mete uns boxers e depois vai ao armário procurar a roupa. Eu olho para ele e ele diz. – Tira a cabeça da javardice, tu tens de estudar.

- Ahhh... Okay, mas despacha-te.

Ele acaba de se vestir, salta para a cama, e começa a explicar-me tudo o que ele consegue, e assim ficamos até ser 13h30.

......

segunda-feira, 10 de junho de 2013

8º Capítulo

clip_image002Na manhã seguinte, eu acordo com beijos pela minha espinha nua, a minha boca diz algo incompreensível que nem eu consigo entender enquanto eu me viro, os seus lábios que estavam antes mesmo no final das minhas costas e fazem a volta pela minha cintura, estando mesmo a baixo do meu umbigo, ele beija-o e vai subindo pelo meu corpo, tendo o seu tempo quando chega ao meu peito, beijando cada e mordendo os meus mamilos duas vezes levemente cada um deles, até finalmente chocar os seus lábios com os meus, as mãos dele se interlassem com as minhas e são seguradas acima da minha cabeça, enquanto o resto do seu corpo não me toca. Os seus lábios mal se afastam dos meus para dizer
- Outra ronda?
A minha única resposta é virá-lo para que eu possa ficar em cima.
***
Ele é bom. Ele não fica parado à espera de se vir, ele trabalha para que eu me venha também e (graças a Deus) ele sabe onde o clitóris fica e consegue encontrar o meu G-spot, sem eu ter de lhe indicar (mas se calhar isso seria sexy). Estou agora a descansar com a minha cabeça no peito dele, o meu dedo faz circulos no peito dele.
- Eu quero passar o dia na cama contigo.- diz-me ele.
- Nós podemos vir a morrer de fome, sabes disso.
- Nah. O corpo humano aguenta até 7 dias sem comida.
- Okay. – Eu só digo rindo-me. – Mas eu vou tomar banho primeiro. – Eu digo saindo da cama.
clip_image004- Eu vou contigo. Eu irei juntar-me a ti, esfregar-te em certos locais que podes ter maior dificuldade em chegar. – Ele diz já em pé, sussurando ao meu ouvido a última parte enquanto a sua mão passa pelo meu sexo. – Depois eu deixarei-te e irei fazer pequeno-almoço para comermos na cama e não haver perigo de morrermos de fome.
E deixo levar-me para a banheira, deixando-o trazer-me ao climax outra vez.
***
X.A.
Estou na cozinha a acabar de preparar uns ovos, depois de termos tido sexo outra vez no chuveiro, deixei-a enquanto ela lava o cabelo. WOW... O cabelo dela deve ser a coisa mais sexy nela, não que o resto não seja totalmente sexy também.
E ela é fabulosa na cama (ou no sofá, ou no duche, ou no chão, ou... temos mesmo de experimentar o balcão da cozinha). Eu volto para o quarto, com um tabuleiro com ovos, fruta, pão, leite, sumo e café em pó.
Ela está se a vestir, está de costas para mim, mas eu consigo apanhar os olhos dela no espelho, e quando ela se apercebe disso faz com que eu apanhe um melhor ângulo da sua parte da frente, e pisca-me o olho. Ela é sexy como tudo mas é tão enigmática, isso ainda a faz mais sexy. Mas eu não quero sexo, já fiz isso muitas vezes, eu gosto dela, gostava de tentar algo mais, mas eu acho que ela está demasiado frágil para isso, ela assusta-se com tudo a que é pessoal, espero que um dia na cama a faça desabafar, não é que eu queira saber todos os segredos. Eu só quero saber algumas respostas a algumas perguntas.
***
Jess
Ele está a olhar para mim, com um ar estranho, as sobrancelhas dele estam franzidas. Eu pego na minha t-shirt preferida (que por caso era do Jon) e visto-a e baixo-me, sabendo que lhe ele está a observar o meu rabo, visto umas cuecas de renda preta.
- Fiz ovos. – Ele diz quando me viro.
- Ok. Então foi a tua ideia. Qual é que é o teu plano?
- Sentamo-nos e conversamos.
- Sobre o quê? – Ele quer saber mais do que devia.
- O que quiseres. O que estiveres à vontade para contar.
- Okay. Mas já que vamos passar algum tempo na mesma cama, podemos fazer algumas pausas para entretenimento.
- Com certeza. – Neste ponto estamos os dois na cama, ele está sentado encostado à parede da cama e eu estou deitada de barriga para baixo e estamos os dois a comer dos ovos.
- Posso começar? – Ele só acena com a cabeça que sim. – Qual é a tua comida favorita?
***
X.A.
Okay, então são este o tipo de perguntas que ela quer, se calhar eu posso tentar puxar outros assuntos durante o resto do dia.
- O bacalhau com natas da minha mãe.
- A sério?!
- Yeah. O melhor bacalhau com natas que alguma vez poderás provar.
- Acredito. O quê que estás aqui a fazer?
O que é que eu fiz, será que ela está zangada comigo.
- A tomar o pequeno-almoço?!
- Não. Em Londres, o que fazes em Londres? – Ela diz, a olhar para mim como se eu fosse tonto.
- Ah! Isso. Tive algum tempo de folga. Decidi vir visitar uns amigos que fiz quando jogava no Liverpool. A maior parte deles vive por aqui.
- Daqui a quanto tempo é que te vais embora.
Isto é bom sinal certo, ela preocupa-se e ela quer saber se me pode ver mais.
- Duas semanas.
- A sério?! Tanto tempo.
- Não me queres aqui?
- Não é isso. É só que... O Real Madrid... não joga na próxima semana?
- Tu percebes de futebol?
- Isso é suposto ser um insulto. E não fiques tão supreendido?
- Desculpa, só tens cara de quem gosta de futebol.
- Desculpa! Como é que é a cara de alguém que gosta de futebol.
Acho que me estou a enterrar cada vez mais, melhor solução desviar o assunto.
- Não fui convocado para o jogo de quinta.
- Ha. Porquê? Tens falhado muitos.
- Não sei. Foi a decisão do Mister.
- Claro. Só queres parecer bom aos meus olhos.
- Acho que consigo fazer bem por mim próprio.
Ela só solta uma gargalhada livre, aberta, alta e adorável.
- Eu pergunto à minha irmã.
- Porquê à tua irmã?
- Ok. Eu confesso, é ela que percebe de futebol. Eu só acho que vocês são sexys e bons, mesmo que eu não chegue à conclusão de qual é a felicidade de correr atrás de uma bola.
Eu não acredito no que ela acabou de dizer, se ela não me aparecesse uma mulher tão perfeita para mim, eu teria só me ido embora.
- A sério?!
- Sim.
- Quem é o mais sexy?
- O Beckham, claro.
- A sério?! Então o que fazes comigo?
- Ele é casado. Podes-me o apresentar.
NEM PENSAR.
- Logo se vê.
. Ok. Tu também és aceitável. – Ela risse outra vez, escondendo a cara na almofada.
- Achas que todas aquelas tatuagens são sexys?
- Oh... Yeah... Sexy como o caraças. Não gostas de tatuagens?
Isto é uma ótima altura para falar da dela, pode ser que venha algo mais pessoal.
- Eu gosto, nunca tive coragem de fazer. Dói?
- Mais ou menos.
- O quê que isso significa?

sábado, 18 de maio de 2013

7º Capítulo

Eu sei que ele não queria dizer nada, que ele não sabe da minha infância, mas é um defeito da maneira como é que eu cresci. Eu fico defensiva sempre que alguém menciona a minha mãe, faz me querer chorar e gritar ao mesmo tempo. A mesma coisa acontece sempre que alguém pergunta pelo pai da Sofia. Eu levanto-me muito rápido e corro para o meu quarto. Ele vira-se e só me vê a ir embora.

- JESS! JESS!

Ele está agora a bater na minha porta, ele não pára.

- HEY! Jess, abre a porta.- Eu não digo nada, só à espera que ele se vá embora. – Jess, sai quando quiseres, eu estarei à tua espera. – E eu não acredito que ele saiu, é como se ele tivesse lido a minha mente. Eu vou à casa de banho meto um bocado de água na cara e volto para a sala, vejo que ele está no sofá à minha espera a beber a minha cerveja e a folhear o jornal. Eu sento-me ao lado dele e digo:

- Desculpa. Há certas coisas sobre as quais eu não gosto de pensar.

- Eu entendo. Só para que saibas, estou aqui caso precises.

- Obrigada. Enttão vamos começar a comer e a ver o filme. Estou a morrer de fome.

- Claro. – Ele toca play no filme e passa-me uma das caixas com comida e uns paus chineses. Eu descalço-me, ponho os pés no sofá e sento-me enroscada ao lado dele. Estávamos os dois senntados no sofá, a comer da comida um do outro, quando o meu telemóvel toca, eu olho parao ecrã e vejo o nome da Laura no ecrã.

- Podes pausar o filme? Eu tenho de atender, eu vou tentar ser rápida.

- Claro.

Eu pego no meu telemóvel, levo-o para o meu quarto e atendo-o.

- Hey, L.

- Hey. Costumas estar online a esta hora. O Fred queria falar contigo.

- Oh. Mete-o ao telefone.

- Ele já se foi deitar.

- Oh. Ok. Pede-lhe desculpa.

- Claro. Estás bem? Fiquei preocupada quando não apareceste.

- Não é preciso ficares. É só porque...

- Porquê? Jess?

- Tenho companhia.

- O quê? Tu estavas a ter sexo quando atendeste o telemóvel?!

- NÃO. És uma porca Laura.

- Calma. Isso significa que se calhar há alguém com quem tu queres ter mais do que apenas sexo.

- Não significa isso.

- Sim significa. E tu Jess não o podes negar. Eu vou te deixar ir mas eu quero detalhes em breve.

- Yeah. Yeah. Beijos. Falamos em breve.

- Bye.

Eu desligo a chamada e fico a pensar no que ela disse. Eu não estou numa relação séria desde o Jon, e eu tinha 18, nessa altura; claro que houve algumas coisas um bocado mais sérias mas nunca mais do que três meses. E eu podia usar a desculpa da Sofia, que eu não queria que ela se apegasse mas ela está crescida fora de casa agora, essa dessculpa já não funciona. A Sof e a L já me disseram isso milhares de vezes, que eu preciso de crescer, de passar à frente de um amor que acabou à 21 anos.

Eu afasto a minha mente de qualquer um destas questões que me irá com certeza deixar-me acordada durante a noite.

- Desculpa lá.

- Não há problema. Está tudo bem?

- Sim.

- Eu sento-me no sofá, encostando-me ao braço do sofá e meto os meus pés em cima das pernas dele e passo-lhe uma cerveja, enquanto abro uma para mim. Tirando também uma caixa de comida para mim.

- Podes pôr play.

- Ok.

Ele volta a pôr o filme, enquanto eu vou comendo pedaços de porco da minha caixa. Eu continuo a ver o filme, esta foi a primeira comédia romantica que eu levei a Sofia a ver no cinema, ela tinha 8 anos e estava nervosa que não lhe deixassem ver o filme. Tinha visto este filme tantas vezes que eu própria consigo recitar as cenas.

Quando o filme acaba, eu olho para o lado e vejo que ele está a dormir, por isso já que os meus pés ainda estão no colo dele, começo a passá-lo pela sua virilha aproximando-o cada vez mais do membro dele, ele mexe-se no sofá, mas não acorda, contínuo a estimulá-lo com o pé até que ele solta um gemido. Eu retiro o meu pé, e ajoelho-me no chão, e começo por desapertar as calças, descendo-as juntamente com os boxers para baixo o suficiente para o seu material ficar de fora, exposto para mim, os olhos dele ainda fechados estão. E penso que se calhar ele não está a pensar em mim, mas isso não me impede de lhe beijar a ponta, e não seria a primeira vez. Eu beijo-a outra vez, sopro três vezes, beijo outra vez e sugo duas vezes. Ele volta a gemir e diz algo incoerente. Eu massajo lhe as bolas, e ele volta a gemer mas desta vez o que sai da sua boca dele é coerente, eu oiço dizer.

- Oh... Jess...

Isto é incentivo suficiente para mim, e eu meto-o na minha boca, a mão dele agarra o meu cabelo com força, as mãos dele vão passando por ele, enquanto a minha boca o vai preenchendo, de baixo a cima, de cima a baixo. Ele continua a gemer, e a gritar o meu nome, eu consigo sentir que ele está para se vir a mão dele agarra o meeu cabelo com mais força, a outra agarra bem o sofá, ele tenta avisar-me que ele se está para vir, mas eu não ligo e dexo-o vir-se na minha boca, tomando-o como um shot.

Eu tiro a minha boca dele, olho para ele, e ele está com um ar completamente satisfeito. Eu penso em beijar-lhe naquele preciso momento, mas depois lembrei-me que nunca é bom servir um gajo com o seu próprio esperma, muitos deles não gostam, já levei, graças a isso. Mas ele pega-me na mão e puxa-me para cima e sento-me nas pernas dele depois de ele já ter puxado os boxers para cima, uma perna de cada lado, quando ele me ataca os lábios, não querendo saber que eu saiba como ele, as mão dele estão outra vez no meu cabelo assegurar a minha cabeça o mais junto à dele e ficamos no sofá aos beijos até as mãos dele dirigem-se para as minhas pernas, ele pega-me ao colo, afasta os lábios dele dos meus e diz:

- Agora é a tua vez.

E leva-me para o quarto.

domingo, 12 de maio de 2013

6º Capitulo

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(Laura)
Enquanto lia o e-mail que a Jess me tinha mandado, ia soltando algumas gargalhadas. Realmente ela continuava a mesma. Desliguei o computador e assim que me levantei para vestir o pijama, pois já não iria sair, entra a minha mãe com uma colher de pau.
- Não ouviste falar contigo, Laura Maria? – Falou a bater com a colher na mão. Odiava quando ela me chamava Laura Maria. Antes já me chamava isso quando me postava mal o que era muito raro mas desde que tinha deixado de estudar para trabalhar começara a chamar-me isso, todos os santos dias.
- Não. – Respondi com a maior calma enquanto procurava um elástico para prender o cabelo.
- Tu não me fales assim, Laura. Eu quando te liguei disse-te que te queria em casa com o teu irmão o mais tardar cinco horas e tu apareces duas horas depois. Onde estivestes? – Falou com um tom mais rígido. A colher de pau continuava a bater na mão contrária á que segurava.
- Estive com o Rodrigo porquê? – Sabia que isso a ia chatear mas pouco me importei. Também sabia perfeitamente que ela não aceitava o meu namoro com o Rodrigo. Sempre falara que éramos de classes sociais e por isso não iria durar muito. Ela sempre quis que eu namorasse, casasse e tivesse filhos com o Gustavo, filho de uns amigos da minha mãe. Isso não fazia muito sentido pois tinha o visto uma ou duas vezes, não mais e o rapaz tinha 16 anos.
- Agora nas tuas folgas só sabes estar com ele. – Falou com repulsa.
- Pois. Tenho de aproveitar as folgas que tenho para estar com ele. Porque ao contrário de muitas pessoas, eu trabalho tenho pouco tempo livre. – Atirei de rajada. Sabia que a minha mãe não ia gostar de ouvir isto mas certamente estava farta das bocas da minha mãe.
Assim que acabei de falar a minha mãe levantou a colher de pau com intenções de me bater mas foi travada pelo meu pai que devia estar á porta do quarto a ouvir a conversa.
- Tu não queres fazer isso. – Falou o meu pai calmamente. A minha mãe olhou-o, baixou a colher e abandonou a divisão. – Porque é que provocas a tua mãe dessa maneira? – Perguntou-me depois de se sentar a meu lado na cama.
- Ela é que começou. – Defendi-me.
- Eu sei quem começou. – Falou novamente calmamente. Quando ele falava desta maneira fazia-me acalmar completamente. – Mas tu também deitas talhas para o fogo.
- Eu sei. – Baixei o olhar. - Mas odeio quando ela fala do Rodrigo com aquele tom de voz. Parece que é um bicho-de-sete-cabeças.
- Não vamos exagerar. É só de uma cabeça. – Sorriu. – Dá tempo ao tempo. Vais ver quando deres por isso já a mãe aceitou o vosso namoro.
- Mas se tu aceitas-te bem porque é que ela não o fez? – Por mais que eu não quisesse mostrar sentia-me triste por a minha mãe não aceitar o meu namora com o Rodrigo. Pequenas lágrimas começaram a brotar nos meus olhos.
- Sabes eu ao início também fiquei com receito quando soube do vosso namoro. – Olhei-o surpreendia. – Pensei que ele iria fazer mal á minha menina mas depois de o conhecer acreditei que ele gostava mesmo de ti. Pude ver da forma que ele te olhava. E soube logo que ele iria cuidar bem da minha menina. E vi que não valia a pena ter esse receio. - Quando acabou de falar colocou a mão no queixo e levantou-me a cabeça. De seguida limpou cuidadosamente as lágrimas que teimavam a cair.
Mas foi impossível sorrir com que ele disse. De certa forma tranquiliza-me e fazia-me perceber que podia contar com ele para tudo.
- Agora põe um sorriso nessa cara linda que daqui a pouco vamos jantar. – Fiz o que ele me disse e sorri.
Antes de abandonar a divisão deu-me um beijo na testa. Aproveitei que o jantar não estava pronto para vestir o meu pijama.
Não demorou muito para me chamarem para jantar. O ambiente á mesa estava estranho, constrangedor. Apenas o meu pai e o meu irmão falavam. De vez em quando a minha mãe olhava-me de lado mas já me tinha habituado a isso.
Só queria que este jantar acabasse depressa. Como hoje era a minha vez de limpar a cozinha, assim o fiz.
Acabei de limpar a cozinha e fui para o quarto onde tentei ligar umas quantas vezes á Jess mas em nenhuma ela atendeu. Olhei para o relógio e já era um pouco tarde portanto decidi deitar-me e apagar as luzes. Assim que o fiz a luz do meu telemóvel acendeu. Vi que era a Jess a retomar a chamada.
Atendi e estivemos a falar durante uns breves minutos pois ela estava a trabalhar.
Depois de acabar de falar com ela, deitei-me e rapidamente adormeci.

***
Acordei com a claridade a entrar pela janela do quarto. Coloquei a almofada em cima da cabeça para que a claridade que se fazia sentir no quarto não me afectasse.
Deixei-me ficar um pouco mais na cama mas por pouco tempo pois o Frederico entra no quarto e começa a saltar na cama.
- Mana acorda. – Falou continuando a falar. – Acorda já é dia!
Fiz-lhe a vontade e levantei-me. Tomei um duche rápido e depois vesti-me.
 
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Como hoje iria trabalhar decidi vestir um conjunto que normalmente não utilizo muito.
Tomei o pequeno-almoço juntamente com o meu irmão pois o meu pai já devia estar a caminho do emprego e quanto á minha mãe, bem, não faço a mínima por onde andará.
- Mana posso ir jogar á bola com o Manel? – Perguntou-me depois de eu ter acabado de lavar a loiça do pequeno-almoço.
- Podes mas leva as chaves que vou sair.
- Onde vais? – Perguntou atirando-se para cima do sofá.
- Vou trabalhar. – Falei como fosse óbvio. – Mas antes ainda vou passar pela oficina do Salvador. – Falei enquanto vestia o casaco e metia as chaves na carteira. – Até logo. – Fui até ele e depositei um beijo na testa.
Sai de casa e desci as escadas rapidamente, assim que abri a porta do prédio aparece a minha mãe carregada com sacos. Deduzi que tivesse ido ás compras.
- Onde vais? – Perguntou assim que olhou para mim.
- Trabalhar. – Falei calmamente.
- Humm. Pensei que ias ter com o Rodrigo. – Falou com desprezo. – Mas também não trabalhas muito longe dele. – Continuou a falar com aquele tom de voz que odeio.
- Até logo. – Falei antes que lhe dissesse alguma coisa que mais tarde me viesse a arrepender.
Caminhei devagar até á oficina, onde iria encontrar o Salvador. Não era muito longe portanto cheguei rápido.
Assim que entrei na oficina não havia ninguém portanto decidi chama-lo.
- Salvador! – Falei um pouco mais alto para que ele me ouvisse. Em resposta ao meu chamamento obtive um barulho esquisito.
O que será e quem terá feito aquele barulho esquisito?

domingo, 5 de maio de 2013

5º Capítulo

(Jess)

É sexta-feira.

Finalmente é sexta, odeio isto mas tenho estado à espera do dia, estou com medo que ele não apareça (não que seja algo de estranhar).

clip_image002Eu penso em arranjar-me, vestir algo como se fossemos sair, mas no fim decido por umas calças de ganga velhas e uma t-shirt velha (que acho que nem minha é, mas sim da Sofia) e enfio uns chinelos nos meus pés, prendo o meu cabelo para cima. Vou para a sala, sento-me no sofá enrolada num cobertor e decido começar a compor algo que tem estado preso na minha cabeça nos últimos dias, passado meia hora, tinha perdido a noção de tudo o que estava a acontecer à minha volta até a companhia tocar, e vou abrí-la tendo já perdido qualquer lembrança que estaria à espera dele.

- Hey! – Ele diz quando eu abro a porta, ele estava bom como sempre, numas calças de ganga e uma camisa fora das calças, o cabelo dele estava todo selvagem e não tão arrangado como costuma estar (sinceramente prefiro-o assim), ele cheirava otimamente, perfume simples mas sofisticado. Ele carregava em saco cheio de chinês e dois filmes na mão.

- Olá. Desculpa a confusão, quando começo a compor perco a noção do tempo. – Eu digo, enquanto tiro o lápis que tenho espetados no cabelo e solto-o. Ele olha para mim como se eu fosse encantada de alguma maneira, ele está totalmente a “comer-me” com os olhos. Eu vejo que ele não está a fazer nenhum esforço para entrar, por isso eu pego na mão dele e puxo-o para dentro.

- Não é preciso ficar à porta, ou estás à espera de um convite por escrito.

- Desculpa. – Ele diz, e eu consigo ver que ele está completamente nervoso.

- Deixa a comida na bancada, podes pôr o casaco na cadeira, se preferires há cabides no quarto, é a porta ao fundo do corredor, caso não te lembres. – Ele tenta dizer algo mas eu paro-o. – Então que filmes trouxeste? Espero que seja algo bom. E comida o que tens? – Eu não consigo parar de falar, o meu cérebro não se cala, parte de mim quer que ele se vá embora, porque não quero ser magoada outra vez, a minha boca continua a falar mas eu não tenho a mínima noção do que digo e acho que ele ainda não disse nada. De repente, eu consigo senti-lo a aproximar-se, até que ele está tão próximo que sinto a sua respiração no seu pescoço, até que ele me vira e os lábios dele chocam com os meus, o meu cérebro pára, porque tudo se concentra nos lábios dele, a forma como eles sentem ao pé dos meus, como eles sabem (whisky mas tapado com sabor a menta), como as mãos dele se interlaçam no meu cabelo e quando estou preste a abrir a boca para deixar a sua língua explorar, ele afasta-se, deixando-me ir, deixando-me contra o sofá sem palavras. Ele olha para mim com um sorriso maroto na cara.

- Só pensei que podias querer descansar a língua.

Com isto agarro nele e puxo-o contra mim, beijando-o outra vez mas desta vez as nossas línguas exploram a boca um do outro. As minhas pernas pouco tempo tem antes de se enrolarem à volta da cintura dele, as mãos dele encontram o caminho para debaixo da minha camisola em menos de 10 segundos, enquanto as minhas ainda se agarram ao sofá, mas quando a minha mão está prestes a fazer o caminho para dentro das calças dele, ele afasta-se.

- Acho que devíamos deixar isto para mais tarde.

- Ok. Só queria arranjar algo mais construtivo para fazer com a minha língua. E se precisares da casa de banho é mesmo ao lado do meu quarto.

- Obrigada.

Ele dirige-se para lá (só espero que ele apenas esteja a refrescar-se e não a bater uma – mesmo que essa me ideia me deixe um bocado mais excitada).

clip_image004Eu vou para a cozinha ver o que ele trouxe para comer – arroz xau-xau, pato à pequim, galinha com ananás e pão chinês, ponho tudo num tabuleiro e levo para o sofá, gritando:

- O que bebes?

- Tens cerveja? – Ele diz já regressando da casa de banho.

- Claro.

- Lata ou garrafa?

- Garrafa. – Eu tiro duas do frigorifico.

- Precisas de copo.

- Nah.

Eu dirigo-me para a sala e vejo-o lá, sentado no sofá, descalço com os pés em cima da mesa e eu passo-lhe a cerveja, ele também aproveitou e pôs os meus papeis de lado.

- Sabes a maior parte das pessoas não tira os sapatos ao entrar em casa de alguém.

- A não ser que seja chinês.

Enquanto ele diz isto eu salto para o sofá e sento-me ao lado dele, ele mete o braço a minha volta, puxando-me para ele e eu não me afasto de volta.

- Então que filmes trouxeste?

- Notting Hill, mas depois pareceu-me que tu não gostavas lá muito de romances.

- Eu adoro-os. Eu só não acredito neles.

- Porquê?

- Porque sim.

- Então continuamos com a regra de nada pessoal?

- Não sejas estúpido e mete o filme.

- Estão não me gloogaste?

- Não.

- A sério.

- Sim. Agora, levanta-te e mete o filme.

- Não há palavra mágica?

- Despacha-te. –Eu digo-lhe enquanto lhe dou uma chapada no rabo.

- A tua mãe não te ensinou boas maneiras.

sábado, 20 de abril de 2013

4º Capítulo

 (Jess)
Quando eu acordo na manhã seguinte, vejo que ele ainda está a dormir ao meu lado e sinceramente é isso que eu odeio quando se acaba por dormir em minha casa e eu tenho de lidar com o acordar na manhã seguinte, a fingir que ele quer saber e eu não me posso escapulir antes que ele acorde. Levanto-me com o máximo de silêncio que posso e deixo o quarto, visto alguma roupa que tinha sido espalhada na sala na noite anterior e saío do meu apartamento, sinceramente não acredito que estou a fugir do meu próprio apartamento. Não acredito que isto é o ponto onde cheguei com a minha vida, eu preciso mesmo de mudar, fugir e começar outra vez.
Já estou de volta para casa depois de um copo de café e uma fatia de tarte de maçã (só porque 8 da manhã é demasiado cedo para beber), ao entrar no meu apartamento, eu dou com ele sentado no balcão da minha cozinha, esse não era o meu objetivo ao escapulir-me de manhã.
- Hey.
- Bom dia. Quando acordei já não estava lá.
- Fui comprar café.
- Tens algum para mim?
- Não. Sinceramente não estava à espera que estivesses aqui.
- Okay. – Eu fico a olhar para ele, à espera que saia de minha casa, mas ele não se mexe, continua sentado ao balcão em calças e tronco nu a comer dos meus cereais. – Não estás a pensar em ir embora.
- Nope. Quem é a rapariga da foto? – Ele aponta para a foto que eu costclip_image002umo ter no armário cheio de livros, que agora está na mão dele. – A rapariga com que estavas a falar ontem?
- Não, essa era a minha irmã. A foto é da minha filha.
- Tu tens uma filha?
- Sim. Não falámos exatamente de promenores ontem à noite.
- Eu sei, e não parece justo. A ti basta gloogear o meu nome e toda a informação que queres aparece. Eu nem sequer sei o teu último nome.
- Jess, só isso. Nada de último nomes, nada de factos pessoais. – Odeio quando eles fingem que se importam, quando no dia seguinte já não estam lá.
- Ok. Podes pelo menos responder-me a uma pergunta sobre a foto.
- Depende.
- De quê?
- Da pergunta.
- Quando é que foi tirada.
- Foi uma amiga dela que tirou ela deu-me da última vez que a vi, à cerca de um ano, antes de ela embarcar no avião.
- Onde é que ela está agora?
- Nova Zelândia. – Eu puxo uma cadeira e sento-me ao lado dele e acho que ele percebe que quando disse que não quero falar de nada pessoal, eu estou a falar a sério.
- Então, posso te ver outra vez? – Isto apanhou-me de surpresa.
- O quê?
- Eu estou cá por algumas semanas a visitar amigos, e eu gostava de te voltar a ver, levar-te a jantar fora, não só sexo.
- Porquê?
- Eu não sei. Eu sei que gostava.
- Se quiseres podes passar por cá. Mas não contes em levar-me a jantar fora.
- Porquê?
- Eu não sou o tipo de mulher que tu queres em revistas contigo. – Eu não quero o meu passado espetado para todo o mundo ver, pois nem todos os meus dedos contam a merda que eu já fiz.
- Ok. – Ela não pergunta mais nada sobre o asssunto. – E se eu trouxer comida e um filme, abres-me a porta?
- Pode ser. – Eu sei que ele se vai arrepender, mas deixa-o sonhar que eu sou alguém que vale alguma coisa.
- Então quando estás livre?
- Sexta e sábado. O bar está cheio, ele não me deixa tocar.
- Tu tocas e cantas maravihosamente.
- Obrigada. Desculpa, mas vais ter de despachar-te, eu tenho de sair para o trabalho em meia hora e ainda me tenho de arranjar.
- Desculpa. Podes te ir arranjando, eu vejo-me porta fora, prometo.
Então eu levanto-me, mas antes de me afastar ele puxa-me uma última vez para beijar os meus lábios.
Quando saio do meu quarto pronta para sair, 27 minutos desde que me despedi dele, reparo num papel em cima da bancada da cozinha.
Sexta à noite,
Chinês e Notting Hill
Até lá,
X.A.

A seguir disto, eu na mesma não consigo deixar de pensar que ele não vai aparecer, mas é o que anos de descontentamento me fazem.

sábado, 13 de abril de 2013

3º Capítulo

 (Jess)
- Jess, podes tocar a tua música hoje. – diz-me o Bob (o meu patrão) mal eu saio do palco para a parte de trás do bar, para o meu intervalo de 10 minutos. Ele deixa-me tocar as minhas músicas, sempre que há pouca gente.
- Ok. Obrigada
Eu olho para o meu telemóvel e vejo que tenho uma chamada perdida da Laura, decido ligar-lhe já antes que ela tenha de ir dormir, o telemóvel toca três vezes antes que ela atenda.
- És tu, Jessie.
- Hey, L. Como é que estás?
- Bem. E em resposta ao mail, ainda estou com o Rodrigo e estamos protegidos, está descansada. E tu como é que vais?
- Normal. Estou no meu intervalo – volto a olhar para o relógio – já só tenho 8 minutos. Como hoje está pouca gente, posso tocar algumas das minhas músicas.
- Isso é porreiro. Ainda estás com o Jake?
- Oh, isso. Acabou à semanas, e nós não estávamos bem juntos, era mais tipo...
- ...acabar na cama juntos.
- Sim. Uma coisa que tu não devias fazer ou até saber o que é.
- Eu posso dizer-te que sei muito bem como é estar na cama com alguém, e o que tu podes fazer lá, Jess, maravilhoso.
- Eu sei que tu sabes. Só te estou a dizer para te manteres nesse, e não andares para aí a inventar.
- Tu podes.
- Eu tenho mais 20 anos do que tu.
- É impressão minha ou tu adoras usar a tua idade contra mim.
- A vantagem de ser mais velha.
- Eu sei. Eu faço o mesmo com o Fred.
- Como é que ele está depois de tudo.
- Ele está a processar tudo. Ele diz que quer falar contigo.
- Diz para me ligar. E volta a dizer-lhe que o amo.
- Claro. Noutro assunto, eu estava a falar com a Bianca no outro dia e nós estávamos a discutir o nome do Pokémon cor de rosa que canta e depois desenha nas pessoas.
- Yeah. O Charmander.
- Não, a Bi também estava a dizer que era esse, mas eu tenho a certeza que era o Jigglypuff. Esse é uma espécie de dragão.
- Não. É o Charmander. Sabes quantas vezes eu accordava e via os Pokémon com a Sofia.
- Sabes quantas vezes eu acordava para os ver. É o Jigglypuff.
- Não, a coisa rosa que canta é o Charmander. Pára de ser teimosa.
- O Charmander era uma espécie de dragão, a coisa rosa que canta como tu dizes é o Jigglypuff. – Eu ouço uma voz atrás de mim a dizer-me, e eu só desvio o telemóvel do meu ouvido e sem virar a cabeça digo:
- Podes não te meter na conversa das pessoas se faz favor.
E com isto suponho que ela tenha deixado a sala, pois quando me viro ele não está lá.
- O que foi isso?
- Um gajo qualquer a dizer que estás certa.
- Gosto dele.
- Claro.
- Jess, estás de volta em 1 minuto. – Bob grita.
- L, tenho de ir. Tenho de entrar em um. Beijos. Amo-te e diz ao Fred que eu também o amo.
clip_image001[7] - Adeus, Jessie. Ligo-te brevemente. Amo-te do tamanho do mundo. – Ela disse-me da mesma maneira que ela dizia quando era pequena, que tornou-se a sua maneira de me dizer adeus. Eu desligo o telemóvel, pego na guitarra e penso que música vou tocar hoje e depois lá vou para o placo.
***
Acabei de tocar à 5 minutos são 2 da manhã, o bar fecha em meia hora, tenho de ficar por cá para ajudar a limpar isto. Por isso agora estou no bar com um copo de vodka à minha frente ou vou dando golos, até uma voz surge atrás de mim.
- A tua voz é linda. – E ele senta-se ao meu lado, sem sequer pedir, quando olho para ele, parece que a Laura não é a única com sorte no futebol.